quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Igreja Anglicana designa primeira mulher para cargo de bispo


A Igreja da Inglaterra nomeou nesta quarta-feira Libby Lane a primeira mulher para o cargo de bispo em 500 anos de história. O anúncio da escolha de Lane para a função aconteceu cinco meses depois de a igreja encerrar uma longa discussão, resolvida pelo voto, que permitiu que mulheres atuem como bispos.

Lane, que qualificou sua promoção a bispo de Stockport "uma alegria inesperada", marcou seu primeiro ato após a nomeação liderando uma oração pelas vítimas do massacre do Taleban numa escola no Paquistão.
"Estou muito consciente de todos os que vieram antes de mim, mulheres e homens, que por décadas esperaram por este momento", declarou.
O arcebispo da Cantuária, Justin Welby, que conseguiu elevar a participação das mulheres na liderança da igreja, disse estar "absolutamente encantado" como a indicação.
O primeiro-ministro David Cameron declarou que se trata de "uma nomeação histórica e um passo importante para a igreja na direção de maior igualdade em posições importantes".
Lane foi ordenada em 1994 e foi uma das primeiras mulheres a se tornar clérigo da igreja anglicana. Sua biografia, no site da igreja St. Peter's Hale, onde ela atua, diz que seus interesses incluem "aprender a tocar saxofone, torcer para o Manchester United, ler e fazer palavras cruzadas".
A comunidade mundial anglicana, composta por 80 milhões de fiéis e cujos integrantes englobam desde evangélicos conservadores a partidários do casamento gay, é bastante dividia a respeito do papel da mulher na liderança da igreja.
A Igreja Episcopal dos Estados Unidos foi a primeira integrante desta comunidade a ter uma mulher atuando como bispo e atualmente é liderada por uma mulher.
A assembleia nacional da Igreja Anglicana, o Sínodo Geral, votou e aprovou a medida em julho, após o fracasso de uma tentativa anterior realizada dois anos antes. Lane será ordenada no mês que vem como bispo sufragâneo, ou seja, subordinada a um bispo diocesano. 
Fonte: Associated Press, via: http://www.jornalacidade.com.br