sábado, 18 de abril de 2020

Objeção de Consciência tem recurso vencedor no TRF 3 e dá efetividade à Lei 13.796/19





Com o argumento de que “a interpretação de normas relativas a direitos e garantias fundamentais deve orientar-se pelo princípio da máxima efetividade, devendo prevalecer os direitos fundamentais sobre qualquer normatização restritiva”, foi que a 3ª turma recursal do TRF 3, em unanimidade, deu provimento ao agravo de instrumento impetrado por estudante de Direito que teve seu direito de liberdade religiosa negado pela instituição de ensino e pelo juízo de 1º grau.

Na qualidade de defensor intransigente da liberdade religiosa, fui chamado a atuar no presente agravo de instrumento ao lado do Dr. Leonardo Peixoto, em defesa da agravante Aline Rodrigues da Silva, Adventista do Sétimo Dia,  que inconformada pela possibilidade de não conseguir colar grau com sua turma em virtude de uma disciplina que caía em seu dia de guarda religiosa, tentou pela via amigável um ajuste com a instituição de ensino, a FMU - Faculdades Metropolitanas Unidas. Não conseguindo, entrou com Mandado de Segurança, o qual foi negado. Exaurida, mas confiante, nos procurou para atuar no Agravo de Instrumento, o qual foi vitorioso.

Esse é um caso histórico por ser o primeiro recurso que se tem notícia, cujo provimento foi baseado na lei 13.796/19. O caso em voga trata da questão de dia de guarda religiosa, mas poderia ser o tema do trancamento de matrícula para realização de chamado missionário ou ainda o uso de indumentária religiosa, dentre outros que envolvem a objeção de consciência.

O relator do recurso foi o desembargador federal Antônio Carlos Cedenho, que em seu relatório destacou que “a liberdade de consciência e de crença e o livre exercício dos cultos religiosos são garantias constitucionais presentes no artigo 5º, inciso VI da CF.”

Como paradigma para o caso em análise o relator lançou mão da APELAÇÃO CÍVEL - 362742 - 0007194-25.2015.4.03.6105, a qual teve provimento unânime da 3ª turma do TRF3. Nessa decisão o mesmo relator argumentou: “Comungo do entendimento que privilegia o direito de liberdade de crença, desde que, do cotejo com outros direitos e garantias constitucionais, bem como com a situação fática, ressaia sua prevalência.”

Também utilizou-se do conteúdo da decisão da APELAÇÃO CÍVEL - 299345 - 0014490-16.2006.4.03.6105, Rel. JUIZ CONVOCADO MIGUEL DI PIERRO, julgado em 21/02/2008, pela 6ª turma do TRF3, sendo um dos argumentos para o provimento da apelação o de que “a liberdade religiosa e o direito de não ser privado de direitos por motivos religiosos (art. 5º, VI e VIII, da CF 88), como quaisquer direitos fundamentais, não são absolutos. Aplica-se a eles, no entanto, o princípio da máxima efetividade em matéria de hermenêutica constitucional, que impõe um resultado de interpretação que dê a esses direitos maior eficácia possível.”

No fechamento do relatório o desembargador federal Antônio Carlos Cedenho fez questão de destacar que a orientação de que lançou mão tem fundamentos claros: “Ademais, deve-se ressaltar que tal orientação foi confirmada pela superveniência da Lei 13.796/2019 – publicada em 03/01/2019 - que garante ‘ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, no exercício da liberdade de consciência e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atribuir, a critério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da Constituição Federal”’. 


Os desembargadores federais valeram-se dos seguintes princípios para a decisão: a) A liberdade de consciência e de crença e o livre exercício dos cultos religiosos são garantias constitucionais expressas no artigo 5º, inciso VI da Constituição Federal; b) A interpretação de normas relativas a direitos e garantias fundamentais deve orientar-se pelo princípio da máxima efetividade; c) Prevalência de direitos fundamentais sobre qualquer normatização restritiva.

Questionada sobre o significado dessa decisão, a deputada Dra. Damaris Moura, grande defensora da liberdade religiosa, respondeu que "esta decisão tem expressiva importância pelo fato de ter em seu fundamento, além do artigo 5º, inciso VI, da Constituição Federal, a efetividade da lei 13.796/19, o que torna a presente decisão um importante marco pelo sentido histórico que ela passa a representar para os defensores da liberdade religiosa", finalizou a parlamentar.






quarta-feira, 15 de abril de 2020

Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa avança com plataforma digital

O isolamento social em função da pandemia do Covid 19 não foi suficiente para conter as atividades da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa, liderada pela deputada Dra. Damaris Moura. Para apoiar suas ações, um Comitê da Sociedade Civil foi constituído e tem realizado reuniões on-line com ampla participação, sendo que a frequência, através da plataforma Zoom, foi superior a 70 pessoas na primeira reunião ocorrida no dia 09 de abril, uma quinta-feira.
Várias palavras de apreciação foram enviadas. Elas também expressam o desejo de participar regularmente das reuniões, uma vez que as atividades do Comitê Central da Sociedade Civil em Apoio à Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa acontecerão todas as quintas-feiras através do App Zoom. 

O palestrante principal do encontro foi o Dr. Thiago Vieira, presidente do IBDR – Instituto Brasileiro de Direito e Religião, o qual fez um resgate histórico da liberdade religiosa do passado até nossos dias, no contexto da pandemia do Covid 19. A mediação ficou a cargo da deputada Dra. Damaris Moura.

Rodrigo Prates, Secretário-Geral da Subseção de Guarulhos, da OABSP, declarou: “Obrigado pelo convite. Estarei novamente presente. É muito bom participar de um grupo como esse. Me sinto renovado com vocês.”

Outras manifestações  importantes foram feitas,  vindas de expressivas lideranças de destacadas instituições.

“A reunião trouxe ao debate a importância da liberdade religiosa nesse tempo conturbado de pandemia, em que tantos de nossos direitos têm sido suspensos. Parabéns à frente parlamentar pela iniciativa!." - Fábio Nascimento, diretor nacional da J. Reuben Clark Law Society

“Nossa primeira reunião virtual do Comitê de Apoio à Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa foi um marco histórico das comunicações à serviço da democracia e da cidadania. Um grupo de membros qualificados, unidos em prol da defesa e promoção da Liberdade Religiosa para todos, sem distinção de fé ou de não fé, na busca de uma sociedade mais justa e solidária.”

Prof. Dr. Fernando Fabiano Gonçalves de Lima, psicanalista, pedagogo, geógrafo, historiador e jornalista. Membro da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB-SP e da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania - ABLIRC.

Adriana Carvalho, advogada, também deixou suas considerações: “Quero dizer que me senti privilegiada por ter sido convidada a participar da reunião do Comitê de Apoio à Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa. De tudo o que foi tratado, o que mais me marcou foi a importância da liberdade de culto, e mais que liberdade, porque não dizer, a importância do devido respeito à necessidade de exercitar a liberdade religiosa através do culto, onde as pessoas elevam suas preces ao seu Deus, rogando pela cura e misericórdia, num momento tão delicado como esse em que vivemos, de distanciamento social e isolamento, que têm levado as pessoas à tristeza, depressão e profundo sofrimento. Nesse quadro, no qual não se pode ter contato com os amigos e parentes, para onde irá o ser humano se não a Deus? Obrigada pela oportunidade de estar com vocês nessa luta pela defesa da liberdade religiosa!”

“Nosso objetivo é manter as atividades da Frente Parlamentar, ainda que por meios digitais. É reconfortante realizar um trabalho com um elevado grau de aceitação como tem sido nossa experiência com esse Comitê. O regimento da Frente Parlamentar em Defesa da Liberdade Religiosa prevê reuniões on-line, mas não imaginávamos que teríamos uma necessidade tão imperativa assim. Seguiremos avançando desta forma enquanto perdurar a pandemia. A próxima reunião será no dia 16 de abril de 2020, às 18 horas”, destacou a deputada Damaris Moura.





terça-feira, 21 de agosto de 2018

Defensores da liberdade religiosa postulam vaga nos parlamentos estadual e federal

Advogada militante, a Dra. Damaris Moura há mais de uma década atua na defesa, proteção e promoção da liberdade religiosa para todos. Comprometida com a justiça e com os valores familiares, também tem como bandeira a defesa de mulheres, crianças e idosos vítimas de violência doméstica.
"Nosso direito: minha missão", é a frase que marca sua campanha, uma vez que como advogada tem encampado a missão de defender pessoas vulneráveis, que não têm encontrado amparo em outros espaços.

Gabriel Kanner, por sua vez, é um jovem que emerge do mundo corporativo com a visão de que a liberdade religiosa é boa para os negócios e proporciona desenvolvimento econômico e social.

Cristão, Gabriel acredita que, desde o nascimento cada ser humano vai aprendendo o que é certo e o que é errado e a partir disso os valores são formados. Os valores familiares são essenciais e determinantes nessa formação. Gabriel Kanner, a despeito de sua pujante juventude, costuma dizer que  “o valor moral tem que ser entendido como "respeito à vida", não apenas à vida individual mas sim à vida coletiva, seja no convívio social, seja nas escolhas políticas que fazemos através do voto.”

Na qualidade de defensor da liberdade religiosa e dos direitos fundamentais, essenciais à dignidade humana, acredito em Gabriel e Damaris, que se lançam aos desafios de um projeto político ancorados em princípios como a ética e a defesa da liberdade religiosa. 

Pelas razões apresentadas nesse espaço, recomendo, como uma promessa de renovação, Damaris Moura, como deputada estadual e Gabriel Kanner, como deputado federal, que em seus mandatos, certamente, defenderão de forma mais efetiva os direitos fundamentais e os valores familiares tão atacados na atualidade.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Obra inédita no Brasil por 438 anos finalmente é traduzida por Frank Viana Carvalho

Samuel Luz apresenta a obra durante o Curso Básico sobre Liberdade Religiosa
 na OABSP em 03 de maio de 2.017
Frank Viana Carvalho, após 17 anos de pesquisa de mestrado, doutorado e pós-doutorado sobre a obra de 1.579 dC, VINDICIAE CONTRA TYRANNOS, lega à Língua Portuguesa a tradução, edição e análise dessa produção, avançada para sua época e, ainda, atualíssima. Eis um resumo da obra, que tenho tido a honra de divulgar nos eventos que tenho participado. Para mais informações deixe uma mensagem no formulário de contato, ao lado, abaixo.
Estamos vivendo um momento (ou época) de grande crise na questão dos Valores, da Moral e da Política (e todas as suas relações com a Ética). Pesquisadores de diferentes partes do mundo do tema da Sociedade e da Política (ou como dizemos, Ética e Filosofia Política) acreditam que continuamente devemos revisitar os autores clássicos para refletir e encontrar soluções para os dilemas do presente.
O livro e os temas que apresentados são o resultado de uma longa, árdua e aprofundada pesquisa sobre a Ética e a Política resultante dos estudos de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado em Filosofia do Dr. Frank Viana Carvalho. Ao todo a pesquisa durou dezessete anos que se mostram agora num livro que tem duas vertentes a partir da tradução e análise da obra “Vindiciae Contra Tyrannos”: uma pesquisa analítica e conceitual sobre a obra que também explora o caráter historicista das influências sobre os personagens e autores do período das Guerras de Religião, e uma abordagem do fenômeno político da tirania em suas influências e interferências no poder, nos costumes, na liberdade de consciência, na expressão da fé, e nas questões da liberdade religiosa. Ao traduzir, comentar e analisar a principal obra do período, também foi utilizado o nome dela no título tema do livro. 

A obra é mesmo sobre o tema dos escritores políticos protestantes que lutaram contra a tirania do poder, um pouco antes e logo após o Massacre da Noite de São Bartolomeu, no século Renascentista, onde milhares de súditos franceses huguenotes (protestantes calvinistas franceses) foram mortos por uma ordem arbitrária do rei - um reflexo da tirania do poder centralizado  (o absolutismo). As estimativas históricas colocam entre trinta mil e cem mil protestantes mortos em toda a França fruto desse ato.

Enquanto os escritores monarcômacos (eles receberam esse 'nome') lutavam contra a tirania e opressão religiosa, em seus escritos eles defendiam a democracia representativa e a liberdade de consciência e livre expressão da fé - uma completa modernidade em pleno século renascentista.

Obra é apresentada durante Curso Básico sobre Liberdade Religiosa
 na OABSP em 03 de maio de 2.017
A obra de 463 páginas recebeu o nome de 'Vindiciae Contra Tyrannos - O Direito de Resistir'. A USP, berço da pesquisa que resultou no livro, valorizou muito a pesquisa, tanto oferecendo a Editora oficial da FFLCH-USP, a Discurso Editorial para a edição, como realizou no final de março um evento (Simpósio) com a presença dos pesquisadores do tema para destacar a importância da obra e dos temas a ela relacionados.

Enfim, a obra é um sopro de esperança para uma reflexão que possa levar a uma renovação da Ética e para uma boa Política com tudo o que vem junto.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Fórum Inter-religioso de São Paulo toma posse no Palácio do Governo

O governador Geraldo Alckmin empossou no dia 27 de abril de 2017, os membros do Fórum Inter-religioso do Estado de São Paulo. A cerimônia de posse aconteceu no auditório Ulisses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes.

Institucionalizado desde 2013, pela Lei 14.947, de autoria do Deputado Campos Machado, o grupo tem a missão de propor políticas públicas que respeitem as diferenças, incentivem a liberdade de expressão e estimulem a cidadania para a promoção da cultura de paz, além de combater a intolerância religiosa e buscar soluções para denúncias de violações de direitos. Busca, ainda, defender a dignidade humana, o direito inviolável à liberdade de consciência e de crença e a livre participação em cultos religiosos, assim como a proteção ao locais de culto e liturgias, assegurados pela Constituição Federal.

O Fórum Inter-religioso é formado por titulares e suplentes indicados pelos 28 segmentos religiosos que integram o grupo, pelo poder público estadual, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, Defensoria Pública, Poder Legislativo, universidades, associações e organizações não-governamentais. O mandato é de dois anos.
Entre os membros do Fórum, há representantes do budismo, catolicismo, candomblé, islamismo, espiritismo, judaísmo, umbanda, xamanismo, da rede evangélica, dos presbiterianos, dos adventistas, dos agnósticos e de outros segmentos religiosos.

Ao empossar os membros do Fórum Inter-religioso, o governador Geraldo Alckmin afirmou que a instalação do Fórum “é o que de mais importante podíamos fazer para unir a sociedade de São Paulo e dar exemplo no combate à intolerância religiosa”.

Segundo ele, “a origem de todo esse movimento é o respeito, aprendermos a respeitar o outro. É um respeito alicerçado no amor, que é o que promove todas as religiões e todos os debates inter-religiosos. E evitar a injustiça. A injustiça cometida contra uma única pessoa é uma ameaça a toda sociedade”.
Para demonstrar a importância do Fórum, citou que o Brasil registrou 64 casos de intolerância religiosa em 2016. “Hoje damos um passo importante para evitar qualquer forma de violência e garantir a liberdade de crença”, lembrou.
O secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Márcio Fernando Elias Rosa, que preside o fórum, disse que “o diálogo inter-religioso, quando ausente, alimenta guerras, conflitos, perseguições; quando presente, celebra a paz a comunhão”.
E acrescentou: “o Governo do Estado, que alinha seus projetos e ações com a perspectiva única de fazer valer os ideais de justiça social, como a igualdade de oportunidades entre todos, tomando sempre a dignidade da pessoa humana como princípio orientador e a real concretização de direitos individuais e sociais como meta a ser dia a dia buscada, presta assim mais um relevante serviço público ao buscar pessoas como as que agora tomam posse para que juntos levemos adiante a cultura da tolerância e da liberdade de crença”.
 Emocionada, Mãe Carmen de Oxum, representante das religiões de matriz africana, também destacou a importância da iniciativa. “O Governador, ao assinar a Lei 14.947, em 2013, e formalizar este fórum de grande importância para o direito do cidadão paulista, nos fez iguais na nossa diferença”, observou.
As futuras gerações, acentuou, “terão orgulho de viver em um Estado melhor, com esta grande iniciativa política e humana”. Destacou que a luta em busca da paz “é infinita e jamais será em vão”. E finalizou salientando “o orgulho que sentimos pela resistência e persistência e ver aonde chegamos”.

Para Samuel Gomes de Lima, da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania - ABLIRC, que falou em nome de todos os membros do Fórum, a concretização do grupo é uma iniciativa “ousada”.
“Do ponto de vista da crença pode haver um abismo entre uma concepção religiosa e outra, mas sobre esse abismo temos o dever de construir uma ponte; e se pudéssemos nominar essa ponte seu nome seria respeito”, afirmou.
Destacou, ainda, que “no Estado Democrático de Direito, o cidadão tem a garantia de poder assumir sua religiosidade sem restrições, da mesma forma que aceita conviver pacificamente com aqueles que preferem professar outra religião ou não ter crença alguma”. 
E fez questão de frisar: “O Fórum Inter-religioso defende a promoção da liberdade religiosa inclusiva, ou seja, para todos. Ela é abrangente, inclui todas as crenças e não apenas o interesse de alguns grupos”.
O Estado de São Paulo é o pioneiro e único estado da Federação a possuir, com o Fórum, um espaço democrático de diálogo, criado por lei estadual, com competência para implementar política de estado de enfrentamento e combate à intolerância religiosa e promoção da cultura de paz e liberdade de crença.
A solenidade contou com a presença do presidente da Seção São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos da Costa; do defensor público geral, Davi Depiné Filho, e de outras autoridades e lideranças religiosas. Teve, ainda, apresentação do Coral do Colégio Adventista de São Miguel Paulista.
Fonte: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania - Assessoria de Comunicação
Disponível em: www.justica.sp.gov.br

terça-feira, 4 de abril de 2017

Fundação Florestan Fernandes de Diadema recebe diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte em evento histórico


A Fundação Florestan Fernandes de Diadema realiza na próxima sexta, 07 de Abril de 2017, às 9h30, o  Simpósio sobre Genocídio Étnico, Cultural, e Religioso. Trata-se de uma parceria da OAB-SP/Diadema;  ABLIRC – Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania; IRLA – International Religious Liberty Association com o Museu do Holocausto WFCS, da Carolina do Norte, USA, com o apoio da Prefeitura Municipal de Diadema através da Fundação Florestan Fernandes.

O evento trará as visões e vivências a respeito da intolerância e crimes de ódio como o Holocausto. O tema apresentado será: RELEMBRAR PARA NÃO REPETIR e terá como palestrantes a diretora do Museu do Holocausto WFCS, Karel Reynolds e Connie Davies, coordenadora pedagógica da instituição.

Karel A. Reynolds, diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte nos Estados Unidos é uma das maiores estudiosas a respeito do genocídio em todo mundo. Em sua apresentação relatará as atrocidades que levaram à morte mais de seis milhões de judeus e outros grupos como Testemunhas de Jeová e Ciganos durante a ditadura nazista alemã.


 Para Karel é preciso entender como sociedades, países com democracia estabelecida podem se desumanizar e implantar um regime de morte a exemplo da Alemanha. A pesquisadora demonstrará como o genocídio em Ruanda, em 1994, que levou à morte mais de 800 mil pessoas em cem dias e criticou a maneira como as organizações mundiais assistiram caladas a mortandade de tantas pessoas.

Reynolds acredita que o a memória do Holocausto serve como um alerta a toda humanidade a respeito do terror que o ódio racial pode implantar em uma democracia. “Nós podemos ser a voz para condenar o ódio em nossa geração”, afirma a diretora do Museu do Holocausto da Carolina do Norte.

A tradução será do Dr. Jonatas Granieri, Presidente da Comissão de Liberdade Religiosa da OAB da  cidade de Franco da Rocha, na grande São Paulo.

Endereço: Alameda da Saudade, 186 - Conceição, Diadema - SP.





domingo, 25 de dezembro de 2016

Liberdade Religiosa ganha importantes espaços na sociedade

TEMPO DE LEITURA: 5 MINUTos. Este texto foi escrito por Gideon Luz, Diretor do Departamento de Promoção e Defesa da Cidadania da ABLIRC.

A defesa e promoção da liberdade religiosa tem alcançado grande destaque na sociedade, por essa e outras razões estamos retomando as postagens nesse blog.


Meu pai, Samuel Gomes de Lima, também conhecido como Samuel Luz, tem sido um ardoroso defensor da liberdade religiosa desde o início do Século XXI.

Após realizar alguns eventos sobre o tema, no dia 09 de novembro de 2004, numa Assembleia realizada no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, foi constituída a ABLIRC – Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania.

Durante vários anos ele manteve o blog: 


todavia, após a conquista de importante espaço institucional, que foi a constituição da Frente Parlamentar Mista pela Liberdade Religiosa no Congresso Nacional, composta por 208 Deputados Federais e 12 Senadores, ele se desiludiu com as turbulências do meio político nacional, em virtude da corrupção, e não mais alimentou o blog.

Ironicamente a última postagem do blog é uma reportagem sobre a participação de Eduardo Cunha no evento da Frente Parlamentar pela Liberdade Religiosa, quando detinha a presidência da Câmara Federal. Hoje não mais deputado federal, menos ainda presidente da Câmara, Eduardo Cunha é réu e vive no cárcere enquanto tramitam as Ações na Justiça contra ele.

Após essa breve contextualização que fiz na perspectiva de incentivar a retomada do blog, disponibilizando-me a ser um dos colaboradores, trago os tópicos a seguir, para reflexão:

Cenário atual


A defesa e promoção da liberdade religiosa tem conquistado a cada ano novos e importantes adeptos. Situação bem diferente do que ocorria no final do Século XX.

Organizações não governamentais têm surgido com esse propósito. Espaços institucionais em estruturas governamentais têm sido abertos com o objetivo de defender, proteger e promover a liberdade religiosa.

Segundo pesquisa do Pew Research Center, um Centro de Pesquisas sobre Religião e Vida Pública sediado em Washington DC, EUA, que estuda e analisa a demografia global e as restrições religiosas ao redor do mundo, o Brasil já ocupou a primeira posição como o lugar com o menor índice de intolerância religiosa, entre os 25 países mais populosos do mundo. 

No entanto tal marca não é mais uma realidade, pois acompanhando uma tendência mundial, a liberdade religiosa está encolhendo, inclusive em terras tupiniquins.

Tema da redação do ENEM


Estou cursando o quinto ano do Curso de Direito. Não faz muito tempo, passei pela experiência de fazer o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. O tema da redação do ENEM é um dos pontos mais destacados do certame e o desempenho nessa produção de texto dissertativo-argumentativo é fundamental para a conquista de uma boa nota.

Foi surpreendente constatar que o tema da redação do ENEM 2016 foi “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.”








Mais de seis milhões de estudantes do Brasil tiveram de refletir sobre o tema da liberdade religiosa para produzir um texto de 30 linhas. Parece pouco, mas não é.

Tiveram que ler textos, gráficos e outros subsídios que o caderno do exame trazia. Buscaram na própria experiência situações para enriquecer a produção da redação proposta. 

Além disso, tenho certeza que muitos recorreram a um repertório de citações de filósofos, sociólogos e outras personalidades históricas que deixaram registradas declarações que poderiam conferir autoridade à argumentação.

Claro, sempre aparece alguém dizendo que outros temas mais importantes poderiam ser escolhidos, mas na minha opinião, foi muito acertada a escolha, pois está em consonância com o destaque que a questão da liberdade religiosa tem alcançado na contemporaneidade. Clique aqui  e conheça o Mapa Mundi da Intolerância Religiosa.


Desafio


Meu primeiro desafio para 2017 é a retomada desse blog junto com o seu idealizador, Samuel Luz. Todavia, meu compromisso com o tema da liberdade religiosa não se limitará apenas à produção de conteúdo. 

Ainda no primeiro trimestre de 2017 vamos reformular o visual do blog, tornando-o mais atrativo e com maior usabilidade.

Estamos formando uma equipe de colaboradores, que juntamente comigo e com meu pai, produzirão conteúdos relevantes para o blog.

Embora escrever não seja uma tarefa tão simples, também abriremos espaço para quem desejar submeter um texto para publicação em nosso blog.

Escrever é uma habilidade que pode ser aprendida. Quem desejar aperfeiçoar sua capacidade de produzir textos poderá participar de nossos treinamentos, presenciais ou online.

Para receber nossa newsletter e outros materiais gratuitos, escreva seu nome e e-mail no Formulário de Contato que teremos o maior prazer em enviar para você esse conteúdo.

2017 será um grande ano para a defesa e promoção da liberdade religiosa. 

Também será um excelente momento para nos apropriarmos das ferramentas que a tecnologia nos oferece para potencializarmos um ativismo ordeiro e racional que sensibilize a sociedade pelas causas mais importantes e valiosas.

Vamos celebrar essa parceria?

Feliz 2017!