segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sobem as restrições à liberdade religiosa no mundo

Roma, Itália, L'Express, por Sandro Magister, para Infobae.com 

Uma pesquisa global do Fórum sobre Religião e Vida Pública do Pew Research Center (USA), mostra um aumento das restrições e da violência por motivação religiosa no mundo, principalmente contra cristãos, em países do oriente médio, exceto na Turquia, cuja tendência é oposta.



A Pesquisa pelo Fórum Pew é anterior à instabilidade no norte da África e Oriente Médio. Mas não indica que essa tendência seja descontinuada no futuro. Na verdade, antes da primavera árabe, os indicadores dessa situação estavam por toda parte. A Índia continua a ser o país com um recorde de hostilidade contra  grupos religiosos, além das restrições já pesadas da lei. Isto, apesar da fama de paz que este país tem. A China detém o recorde de violações, competindo diretamente com Irã e Egito. 

Deve-se notar que entre os países com os piores indicadores estão: Indonésia, Paquistão, Egito, Irã, Bangladesh.

Entre os países europeus o que tem os piores indicadores políticos e sociais está a Rússia. Mas também o Reino Unido e a França reforçaram as restrições legais à liberdade religiosa.

Uma curiosidade. Entre as cinco novas potências emergentes, os dois maiores, China e Índia têm padrões abismal em relação à liberdade religiosa. Brasil e África do Sul, no entanto, estão no extremo oposto, com grandes espaços para a liberdade religiosa. 


A Rússia, porém, que há três anos estava numa posição intermediária, tem se aproximado rapidamente da zona crítica. 


Em resumo, um em cada quatro países que em 2006 registravam fortes restrições à liberdade religiosa, tiveram seus padrões deteriorados ainda mais de lá até hoje.

Se não olharmos para os países individuais, mas para o número de habitantes, os resultados da pesquisa são ainda mais impressionantes: 59% da população vive hoje com "alta" ou "muito alta" restrição à liberdade religiosa.

A religião que mais sofre com esta situação é o cristianismo. Mas os muçulmanos também são vítimas. Na Nigéria, o conflito social é com os cristãos, mas em outros lugares os muçulmanos também estão sujeitos a restrições legais e violência. No Iraque, por exemplo, as mesquitas são vítimas mais frequentes de ataques  do que igrejas.


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