terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Respeito é a palavra de ordem no Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

A Fundação Cultural Palmares realizou em 21 de Janeiro de 2013 um evento de reflexão sobre o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
Para Nuno Coelho, representante da Fundação Cultural Palmares no Estado de São Paulo, "esse tipo de atividade é fundamental para a formação de multiplicadores engajados na missão de neutralizar o preconceito e a intolerância", destacou.

No primeiro módulo, a advogada Damaris Moura, fez um resgate histórico dos aspectos jurídicos da liberdade religiosa no Brasil. "É preciso que se entenda que a maior desigualdade que ocorre na sociedade é tratar os desiguais de forma igual. Não é passando uma régua tentando tornar todos iguais que se resolve a questão da desigualdade, mas é respeitando as diferenças", declarou.

Como líder da ABLIRC - Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania, tive o privilégio e a responsabilidade de conduzir o segundo módulo de apresentação tratando da questão do combate à intolerância religiosa no Brasil como fato social. É inegável a multiplicação de ações em defesa e promoção da liberdade religiosa. Importantes instituições têm aberto espaço não apenas para discutir o tema, como também para atuar na defesa e proteção desse direito fundamental.

Por fim a Egbomi Conceição Reis fez um resgate histórico do protagonismo das religiões de matriz africana, sobretudo do Estado de São Paulo, no início do processo que hora se multiplica pelo Brasil, com eventos de toda sorte, como caminhadas, marchas, audiências públicas, fóruns e congressos. "As religiões de matriz africana fazem parte da resistência. Nossos ancestrais nos legaram as marcas da perseguição, do preconceito e da intolerância. É lamentável que em pleno Século XXI, uma sacerdotisa, Mão Gilda, de Salvador, teve que morrer, em decorrência da perseguição e intolerância, no dia 21 de Janeiro do ano 2000, para que o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa fosse instituído oficialmente no Brasil, não para ser celebrado, mas para ser um memorial das consequências trágicas da intolerância". relembrou a líder do INTECAB-SP (Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira).

Toninho Macedo, líder da ABAÇAÍ Cultura e Arte, foi um dos participantes. "Esse encontro  preliminar ao grande evento do Anhangabaú tem um valor ímpar, porque traz subsídios às lideranças institucionais e religiosas que aqui compareceram. Somos todos multiplicadores. A visão predominante é a da trans-religiosidade. Ninguém vem a um evento como esse para impor a sua religião ou para demonizar a religião do outro, mas para promover uma cultura de paz e liberdade de crença", comentou.

Ao final todos se congratularam e se dirigiram ao grande evento promovido pela Prefeitura de São Paulo no Vale do Anhangabaú.

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